O Mogi Esporte Clube promoveu no último sábado mais uma peneira anual para selecionar garotos das categorias Sub-9, Sub-11, Sub-13, Sub-15 e Sub-17. O evento, que atraiu 643 crianças, ocorreu no Centro Esportivo do Instituto Placidina, na Vila Cléo, e teve como principal objetivo selecionar jogadores para reforçar as equipes do Mogi EC. Do total, 71 foram aprovados na primeira fase dos testes.
Este ano, o clube disputará os Campeonatos Metropolitano e Estadual, ambos Série Ouro, da Federação Paulista de Futebol de Salão (FPFS), nos quais o Mogi EC enfrenta as grandes equipes da capital, como Corinthians, Palmeiras e São Paulo, além do Santos.
Segundo William Casanova, diretori do Mogi EC, o principal objetivo da peneira é a parte social do projeto. "Queremos tirar crianças das ruas e formar cidadãos", informou o diretor. Geraldo Dias, pai de Lucas Dias, goleiro da categoria Sub-11, confirma o pensamento de Casanova. "O trabalho do Mogi EC serve para ajudar crianças a terem futuro e disciplina. Meu filho sonha em ser jogador, mas mesmo se não tiver esta sorte, ele já foi beneficiado pelo trabalho que o clube realiza. A principal delas foi aprender a conviver em grupo e aceitar as diferenças dos colegas", disse Dias.
Casanova afirmou que a peneira foi muito acima da expectativa e que não faltaram ´moleques´ a fim de fazer parte da equipe.
A primeira parte da peneira consistiu em uma pré-seleção feita pelos treinadores de cada categoria. Os aprovados participam da segunda fase da seletiva, na qual os atletas são sendo submetidos a testes médicos e físicos. "O primeiro passo são os testes médicos. Sendo liberados, a permanência dos garotos na equipe passa a depender muito mais deles do que de nós, nos testes físicos. O time treina três vezes por semana e eles precisam de dedicação e o apoio dos pais para trazerem seus filhos", definiu Casanova.
Diogo Dias, de 12 anos (Sub-13), foi um dos aprovados na peneira de sábado. "Estava ansioso e agora que entrei no time quero ser campeão", disse o jovem.
Matheus Santos, de 12 anos também foi aprovado. "Achei a peneira fácil", disse. Já Vitor Hugo, aprovado para atuar na categoria Sub-11, espera poder se firmar na equipe, depois de passar cinco anos jogando no Placidina. No ano passado, o garoto atuou na base do União, mas não conseguiu permanecer. "Joguei um ano no União, mas não tive condições financeiras de ir ao treino e ninguém podia me levar", disse Hugo.
Os treinadores das categorias precisam de atenção total durante a peneira. Eles têm de 8 a 10 minutos para analisarem cada atleta, segundo explica o treinador da equipe Sub-11, Nilson Branco. "Recebemos alguns bons jogadores, mas a maioria ainda não está pronto. Analiso a postura dos jogadores, posicionamento e o jeito que tocam na bola", disse Branco.
FutsalMogi EC convive com a perda de atletas
O auxiliar técnico da equipe Sub-17 do Mogi Esporte Clube, Carlos Ferando Assaz, explicou que há uma grande dificuldade de formar as equipes desta categoria. Por participarem da Série Ouro do Campeonato Estadual, os jogadores estão na mesma vitrine das grandes equipes de São Paulo. "Como o Mogi EC não tem a categoria Sub-20, os atletas do Sub-17 recebem propostas e vão embora mesmo. Não tem como segurar os garotos", disse Assaz.
Só neste ano, a Sociedade Esportiva Palmeiras levou oito atletas do Mogi EC para reforçarem suas categorias Sub-15 e Sub-17 nos campeonatos oficiais.
De graça
"Nestas categorias, o jogador começa a receber um pequeno salário. Como fazemos parte de um projeto amador, não tem nem como recebermos uma participação dos atletas que vão embora. Nós preparamos muitos garotos desde o Sub-9 e quando eles estão prontos, vão embora", explicou Assaz. (R.B.)
Clube é parceiro do Instituto Placidina
O Mogi Esporte Clube fechou, a partir deste ano, uma parceria com o Centro esportivo Doutor Luiz Beraldo de Miranda, mais conhecido como Placidina. Todos os jogos que o clube for o mandante nos Campeonatos Estadual e Metropolitano, serão disputados na ginásio de esportes do Placidina, na Vila Cléo.
Outra parceria firmada pelo Mogi EC é com a Associação Mogiana de Educação e Apoio Social (Ameas). A representante da entidade, Carolina Isidoro, é filha do presidente da Ameas, Pedro Isidoro, e esteve presente no dia da peneira. A associação está em atividade há quatro anos. "Temos sede em Brás Cubas e realizamos cursos de artesanato e mantemos uma creche. Atendemos mais a Vila Estação e a Vila Joia, em Brás Cubas", disse Carolina.
Doação
A inscrição para participar da peneira foi 1 kg de alimento e 50% da arrecadação foi encaminhada para o Fundo Social de Solidariedade de Mogi e o restante para a Ameas e para as vítimas das enchentes de Mogi. (R.B.)
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